segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Do lugar destinado aos que não são julgados: O Limbo das Crianças





1) Há homens que, ao morrerem, não são julgados?

R= Sim, senhor; todos os que, por qualquer motivo, não tiveram uso da ra­zão (LXIX, 6).

2) Correm todos a mesma sorte?

R= Não, senhor; porém, também não se lhes dá destino diverso, no ato do Juízo, em atenção aos seus méritos ou deméritos.

3) Logo, a que se atende?

R= A que uns hajam recebido o Batismo e outros não.

4) Para onde vão os que o recebem?

R= Para o Céu diretamente.

5) E os que o não recebem?

R= Para um lugar especial conhecido com o nome de Limbo.

6) É o Limbo lugar distinto do Purgatório e do Inferno?

R= Sim, senhor; porque ali não se padece a pena do sentido, pelos pecados pesso­ais (Ibid.).

7) Padece-se ali a Pena de Dano?

R= Sim, senhor; porque os seus habitantes compreendem que estarão eter­namente privados da felicidade proveniente da Visão Beatífica, se bem que neles não reveste o cará­ter de suprema tortura, como nos condenados ao Inferno (Apêndi­ce, 1, 2).

8) Por que esta diferença na dureza da Pena de Dano?

R= Porque os condenados do Limbo compreendem que, se estão privados da Vi­são Beatífica, não é em castigo de qualquer pecado pessoal, mas por serem fi­lhos de Adão pecador, isto é, pelo pecado de natureza que pessoalmente contraíram pelo simples fato de terem nascido (Ibid.).

9) Logo, conhecem os Mistérios da Redenção?

R= Certamente que sim, ainda que o conhecimento que deles tem é superfi­cial e puramente externo, se assim nos podemos exprimir (Ibid.).

10) Podemos dizer que possuem a luz da Fé?

R= Se por luz da Fé entendemos a claridade interior sobrenatural que aper­feiçoa a inteligência e de algum modo lhe permite penetrar no mais íntimo dos mis­térios, e sentir no seu conhecimento gosto e complacência sobrenaturais e desejo eficaz de possuir o que se crê, não, senhor; posto que conheçam as verdades da Fé especulativamente, à maneira dos que estão convencidos da verdade da Revelação, porém, incapacitados para crê-la sobre­naturalmente e aprofundar-se no seu conhe­cimento, por faltar-lhes o impulso da Gra­ça.

11) Logo, podemos dizer que vêem os Mistérios da Fé à claridade de uma luz mortiça e fria que não tem cores nem comunica vigor?

R= Sim, porque, nem é luz a cujos resplendores se destaquem as negras co­res da ingratidão, nem que ocasione acessos de raiva impotente como a raiva dos condenados, nem calor de adesão, de esperança e de caridade como a dos justos na terra, nem a luz ar­dente e embriagadora da felicidade que ilumina os Santos no Céu; é uma luz sem radiações sobrenaturais, sem esperança, que não causa remor­so nem pesar, e que se limita a dar-lhes conhecimento da existência de um bem que não lhes pertence, de uma felicidade que jamais possuirão, notícia que não lhes causa tristeza, pranto, nem ranger de dentes; pelo contrário, experimentam intensa alegria, ao pensar nos dotes e qualidades naturais recebi­das de Deus e nas da mes­ma ordem com que as dotará o dia da Ressurreição (Ibid., ad 5).

12) Não fala a Igreja de outro Limbo situado junto ao das crianças que morrem sem Ba­tismo?

R= Sim, senhor; o Limbo em que aguardavam a vinda do Redentor os justos completamente isentos de estorvos pessoais para entrar no Céu.

13) Está agora desabitado?

R= Recordando que Jesus Cristo baixou a esse Limbo no instante de Res­suscitar, levando consigo as almas dos que ali estavam detidos, é evidente que não tem nem pode ter o primitivo destino; pode ser, sem embargo disso, que hoje sirva de morada aos inocen­tes, formando um só com o Limbo das Crianças.

(R. Pe. Tomás Pègue, O.P., "Suma Teológica 
de S. Tomás em forma de Catecis­mo,
para uso de todos os fiéis", 
Part. III, Cap. XLVIII, pp. 255-257).


28 de Outubro - São Judas Tadeu e São Simão, Mártires e Apóstolos.




 A tradição conta que São Judas pregou o Evangelho na Judeia, Samaria, Idumeia, Síria, Mesopotâmia e Líbia antiga. Acredita-se também que ele visitou Beirute e Edessa, embora o emissário desta última missão seja também identificado por outras fontes como sendo Tadeu de Edessa, um dos Setenta. Sua morte teria ocorrido junto com a de Simão, o zelote na Pérsia, onde teriam sido martirizados. Ainda que São Judas  nasceu de uma família judaica em Paneas, uma cidade Caná na Galileia que, quando foi posteriormente reconstruída pelos romanos, foi renomeada para Cesareia de Filipe. 

É quase certo que ele falava tanto o grego quanto o aramaico, assim como os seus contemporâneos naquela região, e que era um fazendeiro de profissão. Ainda de acordo com a lenda, São Judas era filho de Cleofas e sua esposa, Maria, uma prima- irmã da Virgem Maria. Esta mesma tradição afirma que seu pai fora assassinado por sua devoção aberta e irrestrita ao Cristo ressuscitado. Depois viajou para a Samaria e outras populações judaicas divulgando o Evangelho. 

Tomou parte no primeiro Concílio de Jerusalém (50) e em seguida passou evangelizando pela Mesopotâmia, atual Pérsia, Edessa, Arábia e Síria. Parece claro que destacou-se principalmente na Armênia, Síria e Norte da Pérsia (43-66), sendo o primeiro a manifestar apoio ao rei estrangeiro, Algar de Edessa.

domingo, 27 de outubro de 2013

O Pai - Sua importância e seus deveres - Parte Final




Sem a Religião não há educação possível. Os menos religiosos reconhecem-no, quando são sinceros, quero dizer, quando não fazem obra de sectários, mas obra de pais, quando se trata de seus próprios filhos.

Diderot ensinava ele mesmo o catecismo a sua filha; e respondeu a um amigo que se admirava disto: "Ainda não se encontrou melhor meio de educação."

Littré consentiu que sua mulher educasse cristãmente sua filha, sob a condição de encarregar-se da educação dela, segundo os seus métodos, quando esta tivesse dezesseis anos. E, quando chegou aos dezesseis anos, o coração do pai, ainda ligado ao positivismo, foi mais forte e mais perspicaz do que as suas teorias, e Littré não ousou tocar no trabalho de sua mulher, que havia feito de sua filha uma menina modelo.

Quantos pais, hoje, são ímpios por interesse, por espírito de partido, por ambição, e põem em segredo, ou poriam, se tivessem coragem para isso, suas filhas em casas de religiosas e seus filhos em casa de religiosos? É porque o coração de pai, meus senhores, quando não é desnaturado, é um santuário sagrado, onde se encontram, não obstante todos os desvarios, como em asilo inviolável, a verdade, a sinceridade, a inteligência de tudo o que é grande e santo, justo e bom, quando se trata dos interesses de seus filhos!

É, desde a idade mais tenra, que se deve imprimir fortemente o sentimento religioso na alma da criança. As primeiras noções, os primeiros sentimentos que ela recebe são os mais tenazes, os mais indestrutíveis.

Na sua alma nova, imprimem-se com tal força estes sentimentos, que nada, nada os poderá apagar.

As paixões, os erros poderão perturbar a superfície; a religião, se tiver sido ministrada como um culto, que é, desde a infância, firme e invulnerável, ficará como uma rocha de granito.

Desde o primeiro despertar da razão, falai às crianças a linguagem da razão e da Fé e compenetrai-as das grandes idéias que fazem o homem e o cristão. Em vez de lhes meterdes medos ridículos, ou ameaças, dizei-lhes que são vigiadas por Deus, que Jesus Cristo morreu por elas. Falai-lhes do julgamento de Deus, do Céu, do Inferno, do Purgatório, da Paixão de Jesus Cristo.

Inculcai-lhes profundamente o amor e culto do dever, da pátria, da Igreja, da virtude, da justiça, da caridade, da Virgem Santíssima, de Jesus Cristo, de Deus.

Que as suas orações sejam sempre feitas seriamente, e nunca por brinquedo, nem diante de estranho, só para mostrarem o que sabem fazer, é o que cumpre indicar-lhes.

Tornai-as piedosas, contando-lhes a vida de Jesus Cristo, cuja infância deve servir-lhes de modelo.

Nosso Senhor Cristo Rei.





Vamos comemorar hoje, no último Domingo de outubro, a Festa de Cristo-Rei. Essa cerimônia, instituída por Pio XI, é agora quase vazia de sentido para a maioria dos católicos. São Pio X, na Carta Apostólica "Notre Charge apostolique", diz: "Não há verdadeira civilização sem civilização moral, e não há verdadeira moral sem verdadeira religião". “A verdade, dizia ainda São Pio X, é una e indivisível, eternamente a mesma, e não se submete aos caprichos dos tempos”.

"É possível aceitar o Concílio Vaticano II, quando em nome do deste concílio dizeis que é preciso destruir todos os Estados católicos? Que não precisamos mais do Estado Católicos, logo não mais reine Nosso Senhor Jesus Cristo nos Estados? Não, não é mais possível” (Mons. Lefebvre “Homilia em Lille, 29-8-76”).

Parte extraída do site Escravas de Maria.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Que o homem não se desanime em demasia, quando cai em algumas faltas.



 
1. Jesus: Filho, mais me agradam a paciência e humildade nos reveses que a muita consolação e fervor nas prosperidades. Por que te entristece uma coisinha que contra ti disseram? Ainda que fosse maior, não te devias ter perturbado. Deixa passar isso agora, não é novidade; não é a primeira vez, nem será a última, se muito tempo viveres. Mas valoroso és, enquanto te não sucede alguma adversidade. Sabes até dar bons conselhos e acalentar os outros com tuas palavras; mas quando bate, de improviso, à tua porta a tribulação, logo te falta conselho e fortaleza. Considera tua grande fraqueza, que tantas vezes experimentas nas pequenas coisas; todavia, é para tua salvação que isso e semelhantes coisas acontecem.

2. Procura esquecer isso como melhor souberes, e, se te impressionou, não te abale nem te perturbe muito tempo. Sofre ao menos com paciência o que não podes sofrer com alegria. Ainda que te custe ouvir esta ou aquela palavra e te sintas indignado, modera-te, e não deixes escapar da tua boca alguma expressão despropositada, com que os pequenos se poderiam escandalizar. Logo se acalmará a tempestade em teu coração, e a dor se converterá em doçura, com a volta da graça. Eu ainda vivo, diz o Senhor, pronto para te ajudar e consolar, mais do que nunca, se em mim confiares e me invocares com fervor.

3. Sê mais corajoso, e prepara-te para suportar coisas maiores. Nem tudo está perdido por te sentires a miúdo tribulado e gravemente tentado. Homem és e não Deus; carne és e não anjo. Como poderás tu perseverar sempre no mesmo estado de virtude, se tal não pôde o anjo no céu, nem o primeiro homem no paraíso? Eu sou que levanto os aflitos e os salvo, elevo à minha divindade os que conhecem as suas fraquezas.

4. A alma: Senhor, bendita seja a vossa palavra, mais doce na minha boca que um favo de mel ( Sl 18,11; 118, 103). Que seria de mim em tantas tribulações e angústias, se vós me não confortásseis com vossas santas palavras? Contanto que chegue afinal ao porto de salvação, que importa o que e quanto tiver sofrido? Concedei-me bom fim, ditoso trânsito deste mundo. Lembrai-vos de mim, meu Deus, e conduzi-me pelo caminho reto ao vosso reino! Amém.

(Imitação de Cristo - Livro 3 Capítulo 57)

terça-feira, 22 de outubro de 2013

ENDGAME: Jogo Final - Plano para escravidão global.


VEJA os 14 videos
estes videos de Alex Jones acompanhem

Para quem quer ver Completo
Todas as partes:




ESCRAVIDÃO GLOBAL
da
Nova Ordem Mundial



PARTE I

PARTE II

PARTE III

PARTE IV

PARTE V

PARTE VI



22 de Outubro - Santa Maria Salomé, Viúva.




Santa Maria Salomé: Nasceu em Betsaida, esposa de Zebedeu, era uma das santas mulheres, parente próxima, seria prima de Nossa Senhora e mãe de São João Evangelista e São Tiago o Maior, citada duas vezes no Evangelho de São Marcos. 
Seu nome deriva da palavra Shalon que significa paz.  
Era uma das três Marias que ajudaram Jesus durante o inicio de seu ministério e o acompanharam nas suas viagens. Uma delas é em Mt 27,56, em que estava testemunharam a sua crucificação, a retirada do corpo, junto a Cruz com Nossa Senhora. No dia da Páscoa da ressurreição vai junto a outras mulheres que vieram com Madalena levar o precioso unguento ao sepulcro, conforme o costume da época o corpo de Jesus na manhã da ressurreição. 
Foi também ela, que em Mt. 20, 20, pede a Nosso Senhor, em seu imenso amor de mãe, que seus dois filhos se sentassem, um à direita e outro à esquerda de nosso Rei. Suas relíquias foram descobertas miraculosamente em 1.209 e são veneradas até hoje em Veroli (Itália). Morreu na Palestina. (Conhecida nos países de língua inglesa como Saint James, the Greater)

Santa Maria Salomé, rogai por nós.



domingo, 20 de outubro de 2013

O Esperto - Gustavo Corção



O  ESPERTO

Deixando o limiar dos gabinetes onde se manipulam as conveniências políticas da nova ordem, da direita ou da esquerda, en­contramos hoje nas ruas, nas esquinas, nas casas, um difuso maquiavelismo, espécie de barbaria a varejo, elevada à categoria de su­prema virtude social. O cidadão de nossos dias gaba-se de ser esperto. É verdade que tudo conduz a esse resultado, pois a vida das cidades vai se tornando, dia a dia, mais in­trincada e problemática, e portanto mais sel­vagem, do que a vida dos selvagens. A con­quista de um lugar no bonde tem qualquer coisa da abordagem de um junco por piratas malaios; a compra de um pão requer a as-túcia do caçador.

Já vai longe, esbatido numa lembrança quase irreal, o tempo em que um homem, an­dando na cidade em compras ou em boêmia, tirava o relógio do bolso e dizia aos amigos, com simplicidade, essa frase prodigiosa: "Vou para casa". E ia. Ia para casa com o espí­rito livre; ia andando com plenos direitos à distração e ao sonho, sentindo-se legítimo herdeiro de um imenso patrimônio que, en­tre outras maravilhas, constava de bondes dóceis e de padarias fartas.

Hoje, tudo se arma em problema: e é nisso, exatamente nisso, que consiste a selva-geria. O selvagem é selvagem porque não tem o espírito livre. O civilizado é civilizado porque não sente a presença e os entrecho-ques da maquinaria que move a cidade. O selvagem é selvagem porque sua maior vir­tude é a astúcia. O civilizado é civilizado na medida em que pode manter uma candura municipal. É lícito dizer, portanto, que o mundo se torna bárbaro, quando em política, na vida das ruas, e no interior das casas, reina um imperativo de tecnicalidades, acei­tas e glorificadas, para todos cs atos simples que o homem já havia superado. O selvagem é o técnico por excelência; o selvagem é o mais tecnicológico e tecnicocrático dos ho­mens. Se é rústica a sua engenharia, rigoro­samente técnica e spengleriana é a sua con­cepção tática da vida.