sexta-feira, 1 de novembro de 2013

1 de Novembro - Dia de Todos os Santos



"Eu sou o caminho, a verdade e a vida"
(Nosso Senhor Jesus Cristo)



Festa de Todos os Santos
 

Festa de primeira classe

A Igreja, que no decorrer do ano vem celebrando uma a uma as festas de seus santos, reúne-os hoje todos numa festa comum. Além daqueles que Ela nomeia habitualmete, é a multidão inumerável de todos os outros que Ela evoca numa visão grandiosa: < De todas as nações, tribos, povos e línguas, de pé diante do trono e diante do Cordeiro, vestidos de túnicas brancas, com palmas nas mãos>, aclamando Aquele que os resgatou com o Seu sangue.

A festa de todos os santos deve penetrar-nos de uma imensa esperança. Entre os santos do céu, alguns há que conhecemos. Todos viveram na terra uma vida semelhante à nossa. Batizados, marcados com o selo da fé, fiéis aos ensinamentos de Cristo, eles nos precederam na pátria celeste e convidam-nos a ir juntar-nos a eles. O evangelho das bem-aventuranças proclama a felicidade deles e indica ao mesmo tempo o caminho que seguiram; não há outro que nos conduza aonde eles estão.


Fonte: Missal Romano dos fiéis (1964)


 A festa do dia de Todos os Santos é celebrada em honra de todos os santos e mártires, conhecidos ou não. A Santa Igreja Católica celebra a Festum omnium sanctorum no dia 1 de novembro. 


A celebração do Dia de Todos os Santos tem a sua origem numa declaração feita pela Papa Gregório III (731-741), na Basílica de São Pedro, quando exaltou e exortou os católicos a rezarem pelas relíquias e almas dos santos no céu.



  Dia de Todos os Santos festa em “honra a todos os santos, conhecidos e desconhecidos”. No fim do segundo século, professos cristãos começaram a honrar os que haviam sido martirizados por causa da sua fé e, achando que eles já estavam com Cristo no céu, oravam a eles para que intercedessem a seu favor. 

A comemoração regular começou quando, em 13 de maio de 609 ou 610 DC, o Papa Bonifácio IV dedicou o Panteão — o templo romano em honra a todos os deuses romanos exterminados e ficando santos do Cristianismo. — a Maria e a todos os mártires. A data foi mudada para novembro quando o Papa Gregório III (731-741 DC) dedicou uma capela em Roma a todos os santos e ordenou que eles fossem homenageados em 1.° de novembro. É possível que a comemoração britânica medieval do Dia de Todos os Santos tenha sido o ponto de partida para a popularização dessa festividade em toda a Igreja cristã.” Os irlandeses costumavam reservar o primeiro dia do mês para as festividades importantes e, visto que 1.° de novembro era também o início do inverno para os celtas, seria uma data propícia para uma festa em homenagem a todos os santos.” Finalmente, em 835 DC, o Papa Gregório IV declarou-a uma festa universal. 

Esta tradição de recordar (fazer memória) os santos está na origem da composição do calendário litúrgico, em que constavam inicialmente as datas de aniversário da morte dos cristãos martirizados como testemunho pela sua fé, realizando-se nelas orações, missas e vigílias, habitualmente no mesmo local ou nas imediações de onde foram mortos, como acontecia em redor do Coliseu de Roma. Posteriormente tornou-se habitual erigirem-se igrejas e basílicas dedicadas em sua memória nesses mesmos locais.                        
  O desenvolvimento da celebração conjunta de vários mártires, no mesmo dia e lugar, deveu-se ao facto frequente do martírio de grupos inteiros de cristãos e também devido ao intercâmbio e partilha das festividades entre as dioceses/paroquias por onde tinham passado e se tornaram conhecidos. 

A partir da perseguição de Diocleciano o número de mártires era tão grande que se tornou impossível designar um dia do ano separado para cada um. O primeiro registro (Século IV) de um dia comum para a celebração de todos eles aconteceu em Antioquia, no domingo seguinte ao de Pentecostes, tradição que se mantém nas igrejas orientais.Com o avançar do tempo, mais homens e mulheres se sucederam como exemplos de santidade e foram com estas honras reconhecidos e divulgados por todo o mundo. Inicialmente apenas mártires (com a inclusão de São João Batista), depressa se deu grande relevo a cristãos considerados heróicos nas suas virtudes, apesar de não terem sido mortos. 

O sentido do martírio que os cristãos respeitam alarga-se ao da entrega de toda a vida a Deus e assim a designação "todos os santos" visa celebrar conjuntamente todos os cristãos que se encontram na glória de Deus, tenham ou não sido canonizados (processo regularizado, iniciado no Século V, para o apuramento da heroicidade de vida cristã de alguém aclamado pelo povo e através do qual pode ser chamado universalmente de beato ou santo, e pelo qual se institui um dia e o tipo e lugar para as celebrações, normalmente com referência especial na Santa Missa).

  Santa Maria escrava, Mártir.


Maria morreu em 300 DC e era uma escrava de um romano chamado Tértulus. Foi convertida ao cristianismo e estava sempre a orar e a jejuar o que despertava certa desconfiança da sua “Dona”(Algo parecido com a nossa Sinhá, na época da escravatura) que era muito superticiosa.

Durante as perseguições do Imperador Diocleciano, Tértulus que gostava muito dela, usou de todos os meios para que ela renunciasse ao cristianismo, tendo inclusive a açoitado e a prendido em uma cela escura, com apenas pão e água, por 30 dias. Mas de nada adiantou. Acabou  presa e entregue ao procônsul com a acusação de ser uma cristã, a despeito dos esforços de Tértulus para salvá-la.

Os “Atos do Martirio” de Santa Maria, a escrava, escritos por escribas romanos que tinham ordem de enfatizar apenas o martírio, quase nada dizem sobre ela.      
             
Maria foi duramente martirizada para renunciar a sua fé. Os “Atos” dizem diz que o seu martírio foi tão terrível, que afinal, os espectadores exigiram a sua libertação e ela foi entregue a custódia de um soldado. Santa Maria, a escrava o converteu e ele a ajudou a escapar. Diz a tradição que a paz com que enfrentou seu martírio teria convertido vários espectadores inclusive Tértulus . Diz ainda que ela teria morrido em conseqüência do seu martírio. Outra versão diz que ela teria conseguido sobreviver e veio a falecer bem mais tarde, feliz e de morte natural. Não obstante, ela é venerada como mártir, devido a intensidade dos seus sofrimentos.


Todos os Santos de Deus, rogai por nós.





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