segunda-feira, 1 de julho de 2013

Filho não é doença.




Filho não é doença

Objeção contra o argumento a favor dos filhos é a fadiga, o esgotamento, a deformação das linhas, as doenças que os filhos trazem as mães. Mas isso é uma idéia absolutamente falsa. O prazer é quase sempre um empréstimo com juros elevados.  Ao lado da maternidade colocou a natureza, porém, ótimas vantagens para a saúde e longevidade. A fecundidade e a  gravidez fortificam, ao passo que a esterilidade mirra o organismo. Parece moça a mãe de vários filhos ao lado da esposa cautelosa que sacrificou alguns anos somente ao prazer das relações (Dr. Bergeret)..



Porventura é doença para a árvore o fruto sorrindo entre as folhas? Para apresentar os furtos da natividade, fez o Criador a mulher, uniu-se ao homem no casamento e presta seu concurso para dar uma alma ao corpo que ambos formaram.

Por isso também, em geral, encontra a mulher sua saúde nas funções da maternidade.

Objeção contra o argumento a favor dos filhos é a fadiga, o esgotamento, a deformação das linhas, as doenças que os filhos trazem as mães. Mas isso é uma idéia absolutamente falsa. O prazer é quase sempre um empréstimo com juros elevados.  Ao lado da maternidade colocou a natureza, porém, ótimas vantagens para a saúde e longevidade. A fecundidade e a  gravidez fortificam, ao passo que a esterilidade mirra o organismo. Parece moça a mãe de vários filhos ao lado da esposa cautelosa que sacrificou alguns anos somente ao prazer das relações (Dr. Bergeret).

O afamado dr. Pinard afirma que somente com o terceiro filho encontra a mulher a plenitude de sua saúde.

Três verdades ficam estabelecidas por célebre ginecologista:

1ª que os melhores clientes para os especialistas em doenças nervosas saem do meio das senhoras que não querem mais do que dois ou três filhos;

2ª que um sem-número de senhora nevropatas viram-se, de repente, livres de seus sofrimentos e idéias sob a influencia de uma gravidez;

3ª que certas moléstias só conhecem um remédio infalível: a gravidez (Dr. Desplant).

À maternidade é para a mulher sadia uniu garantia de saúde prolongada e, muitas vezes, uni remédio de eficácia sem par para a mulher docn te. Vale a lei para as mães em todas as classes sociais. Pois não há diferença orgânica entre a mulher do povo e a dama da alta sociedade. Não há dúvida, leitora, exageram-se hoje os perigos da maternidade. Isso acontece ou por ignorância ou por malícia. E por que não pintam os gran­des males que a esterilidade voluntária traz parn as casadas? Desordens físicas, perturbações ner­vosas, transtornos morais costumam acompanhar, como sanções, os manejos contra os filhos.

Os escrúpulos e remorsos, inevitáveis com o tempo e com os cuidados, contribuem para essas desordens. Mesmo as senhoras que não são reli­giosas angustiam-se ao notarem que frustram o fim natural do casamento. Fica alterado o equi­líbrio interno e daí nascem misérias sem-núme­ro e sem nome. São batizadas com o vago termo e suspeita expressão de "neurastenia"...

Até o  desenvolvimento moral  da  esposa  lu­cra  com  a  maternidade.  Cada  criança  no  lar é mais um anjo para a mãe, mais um elo de união. Outra coisa. O germe que começa a viver nas entranhas maternas - - é o pai que se encarnou na mãe e vai viver e crescer dentro dela. Ao dei­xá-la um dia para se tornar um indivíduo distin­to, lhe deixará alguma coisa de seu autor e pai. Não   vivo   na   lua,   leitora,   ao   afirmar  tudo isso. Bem sei de casos em que a maternidade eqüi­vale a um heroísmo e o parto é uma sentença de morte para a mãe. Meu ministério já me tem le­vado à  cabeceira  dessas mártires do dever. Pe­rante elas senti-me pequeno, mesquinho. Consul­tado outras vezes, avisado de que o fim do dever cumprido seria provavelmente a morte, tive de responder com lágrimas nos olhos: Minha senho­ra, ainda assim não é permitido a uma cristã im­pedir a vida. A senhora está diante de um dever, como o soldado na luta. Este não pode desertar, ainda que seja para salvar a vida. E' o seu caso. Deus a espera para confortá-la, salvá-la, recom­pensá-la. Coragem e confiança!

O próprio Santo Padre se enternece diante dessas heroínas. Escreve - e repito a citação -  ao mundo inteiro: "Quem não se sentirá tomado de viva admiração ao ver uma mãe oferecer-se, com fortaleza heróica, a uma morte quase certa para poupar a vida à prole já concebida? Só Deus riquíssimo e misericordiosíssimo poderá re­munerá-la por tudo que tenha sofrido, a fim de se desempenhar cabalmente da missão que a na­tureza lhe confiou".

E ainda estas palavras: "No entanto, a Igre­ja, Mãe bondosa, compreende e conhece perfei­tamente o que alegam a favor da saúde e do perigo de vida das mães. E quem poderá consi­derá-lo sem viva comiseração?"


(As Três Chamas do Lar – Geraldo Pires de Sousa)

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