quinta-feira, 22 de março de 2012

In hoc signo vinces

“Com este sinal vencerás”. Esta é a célebre frase que mudou o curso da história.
Ano 312. Após três séculos de perseguição ao nome cristão e ao seu sinal, a cruz, eis que esta aparece radiante no céu ao imperador Constantino Magno, na véspera de uma grande batalha pela posse de Roma, com a inscrição: “Neste sinal vencerás”. Anunciado então sua fé no “Deus dos cristãos” que morreu crucificado, Constantino mandou afixar a cruz nos estandartes romanos e, conseguida a estupenda vitória prometida, deu liberdade ao cristianismo e tornou-se religião oficial do império.
A cruz, como instrumento de suplício, era para os povos antigos um sinal de desonra e ignomínia, tortura bárbara usada para os escravos.
Mas depois que Jesus, o Filho de Deus feito homem, nela quis morrer pela nossa salvação, oferecendo um sacrifício expiatório em nome de toda a humanidade pecadora e satisfazendo assim plenamente a justiça divina, a cruz tornou-se símbolo de honra, dignidade, redenção e salvação.
Assim, vemos a cruz nas coroas dos reis, nas armas e símbolos mais nobres, na cúpula das igrejas e catedrais, nas montanhas a protegerem as cidades, nos tribunais para lembrar a justiça, nas escolas, nas casas de família, no peito dos fiéis e na sepultura de todos os cristãos.
“Com este sinal vencerás!”. O sinal da cruz é o sinal do cristão. Não só a cruz que fazemos na testa como profissão de nossa fé, mas também a cruz da nossa vida. A cruz do cumprimento do dever, a cruz da luta contra as tentações, a cruz dos sofrimentos, das doenças, das separações e da perseguição.
Quando São Luiz Monfort encontrava um pobre sofredor, ele se descobria, e explicada: é porque está sob a cruz: merece respeito!
E a cruz só é pesada para aquele que a arrasta aborrecido. Para quem a leva com amor ela se torna leve e fonte de alegria.
A cruz encerra três lições de valor infinito: o incalculável rigor da justiça divina, o terrível peso do pecado humano e a incompreensível imensidão da misericórdia e do amor de Deus para conosco.
Por isso, a Cruz é o livro em que estudaram os santos, é a fonte de lágrimas para os pecadores, é o consolo dos doentes e dos aflitos, é a contínua lembrança da presença de Deus em nosso lar.
Levemos com alegria e amor a nossa cruz de cada dia: com este sinal venceremos! (Extraído do livro "Quer agrade, quer desagrade" de Dom. Rifan)

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